Pesquisa aponta que quase 50% dos brasileiros usariam ou recomendariam a substância, se prescrita por médicos; WeCann atua com formação específica na área.
Por Jornal da Chapada
As evidências científicas acerca do potencial da cannabis medicinal para a saúde, assim como as discussões sobre a questão, vêm se fortalecendo, no entanto, ainda são poucos os médicos que incluem a substância nos tratamentos de seus pacientes.
Por outro lado, uma pesquisa divulgada em agosto, realizada pela farmacêutica de cannabis medicinal Clever Leaves junto com a Toluna Insights, com mais de 800 brasileiros, mostrou que quase 50% dos entrevistados usariam ou recomendariam a substância para seus familiares, se prescrito por médicos.
Em maio, outro levantamento realizado pela EXAME/IDEIA, apontou que 78% dos brasileiros disseram ser favoráveis ao uso de cannabis para fins medicinais e 77% afirmaram que usariam esse tipo de tratamento se receitado por um médico.
Uma terceira pesquisa , da empresa People Science e feita entre os meses de abril e maio, mostrou cenário semelhante: 80% dos entrevistados disseram que estariam dispostos a usar cannabis medicinal para tratar uma condição médica se fosse recomendado por seu médico. Porém, no mesmo levantamento, ficou constatado que apenas 26% das pessoas confiariam em seu médico para fornecer informações sobre o uso de cannabis, enquanto 30% disseram que confiariam em seus amigos. Segundo os pesquisadores, isso mostra que as pessoas querem confiar nos médicos, mas os profissionais precisam estar ancorados em mais conhecimento na área.
A neurocirurgiã e fundadora da WeCann Academy – centro de estudos em Medicina Endocanabinoide, Patrícia Montagner, ressalta que a comunidade médica é a liderança natural e correta no esforço de esclarecimento da sociedade. Mas, para tomar à frente, precisa se preparar melhor para isso.
“Por enquanto, poucos profissionais dominam o tema no Brasil e o desconhecimento ainda é regra entre a classe. A maioria das instituições de ensino ignora a existência do Sistema Endocanabinoide e a utilização da cannabis medicinal como ferramenta de modulação desse sistema, apesar de resultados científicos contundentes publicados há décadas”, fala a especialista, que tem em seu rol de atendimentos aproximadamente mil pacientes tratados com cannabis medicinal.
São inúmeras as pesquisas científicas que comprovam os benefícios de medicamentos derivados da cannabis no tratamento de diversas doenças, como epilepsia, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, dor crônica, transtorno do espectro autista, transtorno de ansiedade e câncer, entre outros problemas crônicos, incapacitantes e refratários.
Diante disso, Patrícia salienta a necessidade de estimular médicos e outros profissionais de saúde a estudarem e se prepararem. “Houve um avanço importante com a aprovação, por parte de comissão especial da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 399/15 e ainda em tramitação, para a legalização do cultivo e produção da planta cannabis para fins medicinais no país, e temos que formar gente com capacidade técnica para consolidar as terapias à base de canabinoides no Brasil”, pontua.
“Pessoas que vão desenvolver esse ecossistema, criar padrões, fomentar práticas e inserir produtos qualificados nas redes pública e privada de saúde, impedir retrocessos, esclarecer e beneficiar a sociedade. E, principalmente, profissionais que vão diagnosticar, prescrever, realizar tratamentos de potencial transformador na qualidade de vida de milhares de pacientes que não encontraram alívio nas terapêuticas habituais. Tudo isso com segurança e eficácia”, conclui.
Sobre a WeCann
A WeCann Academy é a única instituição da América Latina que realiza cursos exclusivamente voltados para médicos, conectando especialistas de várias partes do mundo em uma comunidade global de estudos em Medicina Endocanabinoide, interligando conhecimento científico e experiência prática.
Por meio de aulas ao vivo, sessões de atualização dos mais recentes estudos publicados, mentorias para discussão de casos clínicos, apostila digital com rico detalhamento técnico e a participação em uma comunidade exclusiva de interação entre alunos e experts, o aluno tem todo o suporte necessário para exercer esta terapêutica na prática. Com informações de assessoria.