Cannabis: não confunda uso recreativo com aplicação medicinal!

Por Veja saúde

Especialista explica as diferenças desde o cultivo entre a planta consumida de modo recreativo e aquela estudada e destinada a melhorar a qualidade de vida 

“Maconheiros baderneiros”. Essa é uma das sutilezas que ouvimos quando propomos ou citamos o uso da cannabis para condições médicas. Porém, ainda que exista o preconceito, o estudo e a aplicação da mada maconha para tratamento médico têm crescido no Brasil em ritmo acelerado, sobretudo por demanda dos próprios pacientes, que pesquisam e desejam uma alternativa menos agressiva e mais eficiente para seus problemas. 

Contudo, uma dúvida ainda persiste para a maioria das pessoas: qual é a diferença entre o uso da maconha para fins recreativos e o insumo medicinal? Por mais que o assunto possa parecer complexo, a diferença entre o uso da maconha para fins recreativos e o insumo medicinal? Por mais que o assunto possa parecer complexo, a diferença está mais na forma do que no conteúdo. 

No consumo recreativo, prevalece a planta de origem desconhecida, incerta, com misturas tóxicas em sua amostragem final. Soma-se a isso o fato de que, com essa finalidade, a maconha costuma ser fumada trazendo malefícios ao organismo. É bem diferente do uso medicinal. 

O manejo voltado à saúde, quando feito de forma responsável, utiliza a mesma planta, mas em um formato globalmente diferente. Nesse caso, além de contraindicar veementemente o uso fumado, os médicos e dentistas prescritores utilizam formulações legalmente permitidas e aprovadas por agências regulatórias, com acompanhamento e posologia adequados, especialmente para evitar efeitos adversos e interações medicamentosas. 

A abordagem medicinal também implica na seleção de matéria-prima produzida de forma orgânica, sem uso de agrotóxicos, em solos livres de metais pesados e sem a presença de resíduos de solventes. Ou se de agrotóxicos, em solos livres de metais pesados e sem a presença de resíduos de solventes. Ou seja: sabemos a origem, a forma como a planta é cultivada e as dosagens a serem administradas de acordo com o caso de cada paciente. 

Realmente, a qualidade dos derivados da cannabis deve ser perseguida e encarada como essencial nesta pauta. A produção de óleos medicinais, por exemplo, não deve ser feita em condições caseiras apesar da pauta. 

A produção de óleos medicinais, por exemplo, não deve ser feita em condições caseiras (apesar de muitas vezes ser). É importante estabelecer um nível de tecnologia excepcionalmente avançado.

 

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