Pratical considerations for the use of cannabis in cancer pain management – What a medical oncologist should know

A dor é uma experiência emocional e sensorial desagradável associada a danos teciduais potenciais ou reais. Mais de 70% dos pacientes com câncer experimentam dor e até o momento o uso de opioides tem sido a base do tratamento, o que acompanha efeitos colaterais problemáticos, risco de dependencia e muitas vezes alivio insatisfatório da dor. Ademais o uso indiscriminado destes medicamentos vem trazendo a “epidemia dos opioides” com taxas crescentes de óbitos causados por overdose e que triplicou desde de os anos 2000.

Na busca de novas alternativas para o manejo da dor oncológica surge a possibilidade da modulação do sistema endocanbinoide, um sistema neuromodulador distribuído amplamente no nosso corpo através dos receptores CB1 e CB2, e que agem por diversas vias no combate a dor. A modulação do SEC através de fitocanabinóides, traz diversos benefícios, isso porque além dos receptores canabinoides, estas moléculas interagem com outros receptores importantes, incluindo o receptor acoplado à proteína G 55 (GPCR55), GPCR18, serotonina, receptores opioides, canais TRP, além de outros componentes fisiológicos importantes.

Os principais 2 componentes da cannabis sativa, o THC e CBD possuem ação farmacológica potente, e quando combinados funcionam ainda melhor, naquilo que chamamos de efeito comitiva. O THC é o principal canabinoide produzido pela planta e apresenta atividades analgésicas, antioxidantes, antiinflamatórias, broncodilatadoras, antipruriginosas e antispásticas. Enquanto que o CBD o principal componente não psicoativo da planta vem sido estudado dado sua capacidade em reduzir a inflamação, espasmos musculares, convulsões e ansiedade.

A dor afeta 50-90% dos pacientes com câncer e é um dos sintomas mais incapacitante. A administração de canabinóides demonstrou suprimir todas as respostas neurofisiológicas e comportamentais a estímulos nociceptivos que são relacionados a dor. Esses compostos, após cruzar a barreira hematoencefálica, exercem seu efeito antinociceptivo por uma ação nos nervos periféricos, atividade direta no cérebro ou atividade espinhal direta.

Além de possuírem as excelentes propriedades medicinais, que tratam não somente a dor, mas também sintomas outros sintomas secundários do câncer, os óleos de cannabis possuem efeitos adversos, muito mais brandos do que a terapia comumente utilizada para o tratamento da dor oncológica que é a base de Opioides. Desta maneira a terapia canabinoide surge como um promissor adjuvante na oncologia, seja retardando o avanço de canceres, como demostrado em estudos pré clínicos, seja por ameninzar a dor causa por esta patologia. Contudo ensaios clínicos, mais extensos e mais rigorosos, são necessários para estabelecer sua eficácia clínica, dosagem e, não menos importante, suas possíveis interações com outras drogas.

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