Atacada por Bolsonaro, maconha medicinal é mercado lucrativo

Por Revista Veja

Como é de praxe nos momentos em que quer fazer barulho, o presidente Jair Bolsonaro se postou à frente da claque que o aplaude na porta do Palácio da Alvorada na manhã de terça-feira 11 de maio e deu vazão a seu discurso: “Hoje uma comissão na Câmara vota a liberação da maconha. Eles agora podem até aprovar, mas tem veto. É ridículo um país com tantos problemas aprovar uma porcaria de projeto desses”, declarou. O dispositivo legal a que o presidente se referia era o Projeto de Lei 399/2015, que regulamenta o plantio legalizado da maconha (a Cannabis sativa) e a comercialização de medicamentos que contenham derivados da planta como o canabidiol (CBD) em sua formulação.

Pouco depois, foi a vez do deputado Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, tomar a palavra na reunião da comissão citada por Bolsonaro e açoitar o relatório do projeto de lei que qualifica como “marco legal da maconha”.  A ofensiva do presidente e de seu ex-ministro tem como pano de fundo um próspero ramo da indústria farmacêutica, já instalado e em pleno funcionamento no país. Desde maio do ano passado, se encontra à venda nas farmácias brasileiras o primeiro medicamento à base de canabidiol (CBD) produzido no Brasil.

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em meados de abril de 2020 e feito com matéria-prima importada, o remédio tem tarja preta e exige receituário especial para compra. O preço unitário de um frasco é de 2 300 reais, um valor salgado, mas que deve ser reduzido com a chegada de versões mais econômicas com concentrações de CBD menores, recém-aprovadas, que custarão cerca de 260 reais.

O produto é resultado de uma parceria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto com a farmacêutica paranaense Prati-­Donaduzzi, uma das maiores fabricantes de medicamentos genéricos e similares do país. O produto não tem indicação clínica predefinida, mas é utilizado principalmente contra a epilepsia refratária, uma doença que provoca intensas e sucessivas convulsões em crianças.

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