O evento reuniu diversos nomes do mercado para entender quais são os melhores caminhos para o estado
Por Cannalize
Ontem (13), a Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis e Cânhamo Industrial, fez mais uma audiência pública para discutir os possíveis usos da cannabis, tanto para tratamento, quanto para o uso industrial em São Paulo.
O tema da quarta audiência foi focado na indústria canábica, em entender quais são as dores dos empresários para uma possível lei para o estado.
Os convidados foram Carolina Selani, do Grupo de Trabalho e Insumos da Cannabis da Abiquifi, Martim Matos, CEO da farmacêutica GreenCare, Tarso Araújo, presidente da Diretoria-Executiva da Associação Brasileira de Canabinoides (BRCann) , Thereza Denes,Farmacêutica da DragaVet e o Dr. José Almeida, CEO da NuNatures Labs.
O evento foi conduzido pelo Coordenador da Frente Parlamentar, o deputado Sérgio Victor, (NOVO).
Previsibilidade terapêutica
O principal ponto discutido foi como a indústria é necessária para essa nova revolução verde.
O médico José de Almeida, por exemplo, enfatizou a importância de produtos com níveis de canabinoides padronizados para dar mais segurança para o médico na hora de prescrever. “É necessário ter uma previsibilidade terapêutica, o médico precisa saber quais serão os efeitos”, ressaltou.
A quantidade de canabinoides dos produtos podem variar de acordo com a forma em que a planta é cultivada. Por isso, produtos artesanais feitos com cannabis podem não ter quantidades exatas com os produtos farmacêuticos.
O CEO da GreenCare ainda enfatizou que o mercado brasileiro precisa se direcionar ao farmacêutico. “Os Estados Unidos já faturam milhões, mas com uma lei bem bagunçada”, ressalta.
Cultivo no Brasil
Houve também quem defendesse o cultivo nacional, como Carolina Selani, que apresentou um estudo feito pela Abiquifi. Segundo o órgão, o Brasil economizaria de 30% a 40% no custo dos medicamentos ao fabricar insumos no Brasil.
Atualmente, os produtos nacionais feitos com a erva disponíveis nas drogarias, custam de R$350,00 até RS2.500,00.
Por outro lado, Araújo alertou que esse é um processo bastante demorado, que pode levar, no mínimo, cinco anos.
A próxima audiência ainda não tem data marcada, mas será voltado aos fatores jurídicos relacionados à possíveis leis sobre a planta.
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