Disfunções mandibulares e a cannabis, qual relação?

Celebrando o Dia Mundial da Saúde Bucal, 20 de março, entenda como o CBD pode ser um ótimo aliado nos cuidados com as dores faciais decorrentes da DTM

A data instituída pela Federação Mundial de Odontologia, destaca que a saúde bucal é fundamental para uma vida saudável, não somente por questões estéticas, mas também para todo o corpo, pois está diretamente ligada à saúde em geral. Dessa maneira, abordaremos neste post, quais os benefícios a cannabis, mais especificamente o CBD, pode trazer contra as dores causadas pela Disfunção temporomandibular (DTM), que afeta milhões de pessoas em todo mundo.

Funcionando como uma espécie de dobradiça, que liga a mandíbula ao crânio, a articulação temporomandibular é responsável por causar dores e desconfortos quando não cuidada corretamente. A origem da DTM ainda não é bem definida pela classe médica, mas especialistas apontam que fatores como apoiar as mãos na mandíbula com frequência, apertar os dentes, roer unhas e mascar chicletes, podem estar diretamente relacionados com o desenvolvimento da patologia.

Os sintomas mais comuns são dificuldades de mastigar, dores, estalos ou travamentos na mandíbula e fadiga nas articulações. 

Mas onde a cannabis entra nisso? 

Segundo estudo duplo cego denominado “Efeito miorrelaxante da aplicação transdérmica de canabidiol em pacientes com DTM”, realizado por pesquisadores da Universidade Médica da Silésia, em Katowice na Polônia, o CBD, quando aplicado diretamente na região afetada pelo problema, em forma de pomadas ou cremes, reduz as dores e as inflamações mandibulares em até 70%. 

A pesquisa foi feita a partir dos Critérios de Diagnóstico de Pesquisa para Disfunções Temporomandibulares poloneses, contando com 60 participantes divididos em dois grupos. O primeiro grupo recebeu formulações de CBD, enquanto o segundo teve apenas o uso tópico de um placebo.  

Durante 14 dias, a atividade do músculo masseter, que liga a mandíbula ao crânio, foi observada, medindo a intensidade das dores por EVA (Escala Visual Analógica) e estimulando as membranas celulares do músculo por EMG (Eletromiografia). Isto é, enquanto o paciente é submetido a estímulos elétricos, responde um questionário avaliando o grau de dor que está sentindo naquele momento, testes estes normalmente utilizados em estudos desse tipo.

Os resultados foram os mais promissores possíveis. Durante o período estipulado pelos pesquisadores, a atividade do músculo diminuiu significativamente no grupo um (aquele que recebeu o CBD), apresentando uma redução de 11% do lado direito da mandíbula e 12,6% no lado esquerdo. Já no grupo dois, o mesmo teste demonstrou que quase não houve alteração, registrando apenas 0,23% de um lado e 3,3% de outro respectivamente.  

Na intensidade da dor, por sua vez, a cannabis apresentou um resultado melhor ainda. Nos participantes do grupo um, a redução chegou a 70,2% em relação ao grupo dois, que ficou em 9,81% apenas. 

Com aplicações sugeridas de duas vezes ao dia durante os 14 dias, os pesquisadores concluíram que: “A aplicação da formulação de CBD sobre o músculo masseter reduziu a atividade e melhorou a condição dos músculos mastigatórios em pacientes com dor miofascial,” ou seja, além de contribuir para um relaxamento do músculo, o CBD atuou como antinflamatório recuperando pacientes que apresentaram um maior desgaste dos mesmos.

É pertinente que necessitemos de mais estudos nessa área, mas pesquisas como esta, reforçam a indispensabilidade de haver uma regulamentação mais abrangente em torno da cannabis para profissionais de odontologia. 

Assim, como forma de contribuição, deixamos um recado em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Bucal para pacientes, dentistas e curiosos pelo tema, “cuide bem da sua boca, pois é através dela que podemos mudar nossa saúde e o ambiente ao nosso redor”.   

Publicação Original: https://www.sechat.com.br/disfuncoes-mandibulares-e-a-cannabis-qual-relacao/

 

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