Por Sebastian Jugl, Aimalohi Okpeku, Brianna Costales, Conde J Morris, Golnoosh Alipour-Haris, Juan M Hincapie-Castillo, Nichole E Stetten, Ruba Sajdeya, Shailina Keshwani, Verlin Joseph, Yahan Zhang, Yun Shen, Lauren Adkins, Almut G Winterstein, Amie Goodin
14 de fevereiro de 2022
Resumo
Em 2017, um relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina (NASEM) avaliou de forma abrangente o corpo de evidências sobre os efeitos da cannabis na saúde, até o ano de 2016. Os objetivos deste estudo são identificar e mapear os mais recentes (2016-2019) literatura publicada, em condições aprovadas para cannabis medicinal, e avaliar a qualidade de revisões sistemáticas recentes identificadas, publicadas após o relatório NASEM. Após a pesquisa bibliográfica, em 5 bases de dados, e consulta a especialistas, 11 condições foram identificadas para compilação e avaliação de evidências: esclerose lateral amiotrófica, autismo, câncer, dor crônica não oncológica, doença de Crohn, epilepsia, glaucoma, vírus da imunodeficiência humana/AIDS, esclerose múltipla ( MS), doença de Parkinson e transtorno de estresse pós-traumático. Um total de 198 estudos foram incluídos após a triagem para relevância específica da condição e após a imposição dos seguintes critérios de exclusão: foco pré-clínico, idioma diferente do inglês, resumos apenas, editoriais/comentários, estudos de caso/séries e cenário de estudo fora dos EUA. Os dados extraídos dos estudos incluíram: tipo de desenho do estudo, definição de resultado, definição de intervenção, tamanho da amostra, cenário do estudo e tamanho do efeito relatado. Poucos estudos randomizados controlados (ECRs) concluídos foram identificados. Os estudos classificados como revisões sistemáticas foram classificados usando a ferramenta Avaliação da Qualidade Metodológica das Revisões Sistemáticas-2 para avaliar a qualidade das evidências. Poucas revisões sistemáticas de alta qualidade estavam disponíveis para a maioria das condições, com exceção da EM (9 de 9 classificados como qualidade moderada/alta; evidências para 2/9 indicando melhores resultados de cannabis; evidência para 7/9 indicando cannabis inconclusiva), epilepsia (3 de 4 classificados de moderada/alta qualidade; 3 indicando melhores resultados de cannabis; 1 indicando cannabis inconclusivo) e dor crônica não oncológica (12 de 13 classificados de moderada/alta qualidade; evidência para 7 /13 indicando melhores resultados de cannabis; evidências de 6/7 indicando cannabis inconclusivas). Entre os ECRs, identificamos poucos estudos de rigor e qualidade substanciais para contribuir para a base de evidências. No entanto, existem algumas condições para as quais evidências significativas sugerem que formas farmacêuticas selecionadas e vias de administração provavelmente têm relações de risco-benefício favoráveis (ou seja, epilepsia e dor crônica não oncológica). O corpo de evidências para a cannabis medicinal requer uma avaliação mais rigorosa antes de ser considerada uma opção de tratamento para muitas condições,
Palavras-chave: Canabidiol; Canabinóides; Cannabis; Condições comumente recomendadas para tratamento de maconha; Resultados clínicos da maconha; Eficácia da maconha; Maconha medicinal.
